Foz do Iguaçu fica longe, no 863.º lugar, em Índice de Progresso Social

Ranking a coloca na nona posição entre as dez cidades mais populosas do estado; estudo avalia a qualidade de vida do morador.


Um ranking nacional coloca Foz do Iguaçu em 863.º lugar no Índice de Progresso Social Brasil (IPS), estudo que avalia a qualidade de vida do morador. Integram o levantamento os mais de 5,5 mil municípios brasileiros.

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A metodologia multidimensional considera 53 indicadores, como nutrição, cuidados médicos, água e saneamento, moradia, segurança, acesso à educação superior e qualidade do meio ambiente. São agrupados em três eixos: necessidades humanas básicas, fundamentos para o bem-estar e oportunidades.

O H2FOZ elaborou um recorte em que reuniu as dez cidades mais populosas do Paraná e suas posições no IPS (veja abaixo). Nele, Foz do Iguaçu fica na nona colocação, no penúltimo lugar entre essas localidades, à frente apenas de Araucária.

Na comparação com a vizinha Cascavel, que figura na 443.ª posição, a Terra das Cataratas tem praticamente a metade do desempenho. Sua condição é assemelhada à de Colombo, na região metropolitana de Curitiba, que está no 829.º lugar.

Na classificação nacional geral, Maringá garante a 15.ª posição, sendo a paranaense mais bem posicionada, com a nota 69,96. Já Curitiba, quinta entre todas as capitais brasileiras, está na 27.ª colocação geral, com a média obtida de 69,36 pontos.

Oportunidades e inclusão

A nota no quesito oportunidades é o que mais contribui para puxar a classificação de Foz do Iguaçu para baixo. Por dimensão avaliada pelo Índice de Progresso Social Brasil, o município fronteiriço apresenta os seguintes resultados:

  • necessidades humanas básicas: 2.097.ª posição, nota 74,84;
  • fundamentos para o bem-estar: 159.ª posição, nota 72,22;
  • oportunidades: 1.961.ª posição, nota 42,16.

Com base em subitens do índice, as condições dos domicílios renderam a melhor nota para Foz do Iguaçu: 93,24. Esse critério abrange a oferta adequada de coleta de resíduos, iluminação elétrica, paredes e pisos dos imóveis.

A pior avaliação foi direitos individuais, com nota 26,35. Integram esse indicador acesso a programas de direitos humanos, ações para minorias, atendimento à demanda de Justiça e taxa de congestionamento de processos.

Inclusão social também foi outra variante negativa, com a nota 38,32, deixando o município na posição n.º 4741 da lista, nesse ponto. Essa abordagem mede paridades de gênero, negros e pardos na Câmara Municipal, e violência contra indígenas, negros e mulheres.

A segurança pessoal também pesa contra a avaliação de Foz do Iguaçu no estudo, item que obteve nota 44,44 e o longínquo 4.708.º posto na classificação nessa variável. Aqui, foram considerados:

  • assassinatos de jovens;
  • mortes por acidentes de transporte;
  • assassinatos de mulheres;
  • homicídios.

Posição no Índice de Progresso Social das dez cidades mais populosas do Paraná:

  • Curitiba (capital do Paraná): 27.ª posição nacional – quinta entre as capitais; nota 69,36;
  • Maringá: 15.ª; nota 69,96;
  • Londrina: 111.ª; nota 67,57;
  • Ponta Grossa: 166.ª; nota 66,96;
  • Cascavel: 443.ª; nota 64,95;
  • São José dos Pinhais: 590.ª; nota 64,19;
  • Guarapuava: 647.ª, nota 63,98;
  • Colombo: 829.ª; nota 63,20;
  • Foz do Iguaçu: 863.ª, nota 63,07;
  • Araucária: 1.049.ª, nota 62,49.

Paraná

O Paraná aparece em quarto lugar no relatório, com nota 63,49, atrás apenas de Distrito Federal (71,25), São Paulo (66,25) e Santa Catarina (64,24). A média nacional é de 61,83. Entre os destaques apontados pelo levantamento estão a moradia e o meio ambiente.

Índice de Progresso Social

Divulgado nesta semana, o índice da qualidade de vida da população é elaborado a partir de fontes oficiais. São empregadas as bases de dados de órgãos como ministérios do governo federal, o Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento (SNIS), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mapbiomas, Anatel, CadÚnico etc.

Acesse o Índice de Progresso Social

“Além de avaliar se as pessoas têm o necessário para prosperar, indo além das métricas tradicionais e paradigmas econômicos, ela [metodologia] permite comparar municípios, estados e regiões”, expõe o IPS Brasil. O estudo complementa ferramentas tradicionais que medem o desenvolvimento.

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