A construção da rodovia Perimetral Leste vai fazer desaparecer a última lagoa da região de Três Lagoas, em Foz do Iguaçu. Localizada no Jardim Três Fronteiras, às margens da BR-277, a lagoa é uma das três que deram o nome à localidade. As outras duas já não existem mais.
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Conforme informações do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), a lagoa será drenada para canalizar a água e evitar, assim, a danificação do pavimento. A água vai ser direcionada para um terreno natural, evitando que também prejudique o viaduto que está sendo construído.
A região que leva o nome de Três Lagoas começou a ser povoada na década de 1970, conta o jornalista Jackson Lima. O nome se deve justamente à existência de três lagoas, todas localizadas na mesma região. Essa última fica próximo aos postos Rodofoz e Paradão. Patos podem ser vistos usufruindo as águas.
Morador do bairro desde 1976, Paulo Silva dos Santos, 52 anos, o Paulão Eletricista, lamenta a perda da terceira lagoa. “Nós tínhamos a incumbência de preservar a nascentes dessas lagoas. Com a chegada do viaduto não têm pessoas para lutar e presevar”, diz.
Consultada pela reportagem do H2FOZ, a prefeitura informou que o licenciamento ambiental da obra da Perimetral Leste foi conduzido pelo Ibama, sem a participação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA).
Diretor de Licenciamento e Controle Ambiental da secretaria, Jorge Pegoraro diz que caberá ao município, com apoio das empresas que realizam as obras, do estado e da União, a recuperação das áreas degradadas, com plantio de espécies florestais nativas. Essas áreas, segundo ele, serão identificadas ao longo do trecho da nova rodovia durante a execução das obras.
VÍDEO – A última das 3 lagoas
Nota do DER
O DER/PR informa que, no local de implantação do futuro viaduto da BR-277, onde há um grande acúmulo de água, foram feitos levantamentos pela equipe responsável pelo resgate e conservação de fauna, a qual identificou a presença de fauna e aplicou os métodos adequados para retirá-la da área, conforme procedimentos recomendados para afugentamento, resgate, salvamento e destinação de fauna.
Para o prosseguimento das obras no local, que atualmente está na fase de execução dos aterros e alças do futuro viaduto, foi necessário drenar a vazão dessa água. Após a finalização dessas etapas, será implantada a drenagem definitiva, prevista em projeto aprovado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
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