Sem reformulações estruturais, a dinâmica do transporte coletivo em Foz do Iguaçu é pautada pela transferência de recursos públicos ao setor. O prefeito Chico Brasileiro (PSD) bate novamente à porta da Câmara de Vereadores por autorização a mais dinheiro.
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O gestor público pede agora R$ 7,6 milhões para subsidiar a operação de ônibus na cidade, mediante requisição de urgência na votação. Caberá aos vereadores a decisão de aprovar ou não a transferência para a empresa responsável pelo serviço, em até 45 dias.
O financiamento do transporte público é pauta pelo terceiro mês seguido. Em maio, a prefeitura obteve do Legislativo R$ 6,6 milhões para o setor. Em junho, Chico Brasileiro decretou reajuste de 100% do estacionamento rotativo, o Estarfi, vinculado ao custeio de parte do serviço.
Após decretar a caducidade contratual com o antigo consórcio, a administração firmou contratos de um e dois anos com a Viação Santa Clara, a partir de 2022, instituindo pagamento por quilômetro rodado. Com efeito, a gestão estima repasse do erário de R$ 1,5 milhão mensal na forma de subsídio.
R$ 7,6 milhões
O novo pedido de Chico Brasileiro, no valor de R$ 7,6 milhões, é anunciado para suprir sete meses de subvenção. O valor complementaria, com o caixa público, a diferença entre o preço do quilômetro percorrido e o valor arrecadado com passagens.
Ao justificar a injeção de recursos, a prefeitura faz um quadro dos usuários da gratuidade e da interação das viagens. Argumenta que o dinheiro cobre a circulação gratuita, direito previsto em lei, para pessoas idosas e com deficiência, além de 25% das integrações dos usuários do Cartão Único.
“O sistema atingiu certo equilíbrio entre o número de passageiros e o custo do mesmo, pois está atualmente transportando mais de um milhão de passageiros por mês”, diz o texto do projeto. O custo de cerca de R$ 5 milhões “deve ser dividido entre todos os passageiros, sendo o déficit gerado pelas diversas gratuidades”, assina o prefeito.
Já alguns vereadores cobram planejamento, melhorias para a população e mais transparência, com dados estatísticos sobre as operações. “Essa conta é do prefeito. A gente vê uma sucessão de erros”, frisou Marcio Rosa (PSD), na discussão sobre o último volume de recursos para o transporte coletivo.
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