Cerca de 43% das crianças das escolas municipais de Foz do Iguaçu apresentam sobrepeso ou obesidade grave

Levantamento foi feito pela Secretaria de Educação; meta agora é reforçar a atividade de educação alimentar

Levantamento foi feito pela Secretaria de Educação; meta agora é reforçar a atividade de educação alimentar

Pelo menos 43,4% das crianças matriculadas nas escolas municipais de Foz do Iguaçu apresentam sobrepeso, obesidade ou obesidade grave. É o que indica uma pesquisa feita pela Secretaria de Educação com 13.182 alunos de 6 a 10 anos das 50 escolas da rede municipal de ensino.

Realizado entre 21 de março e 8 de julho deste ano, o estudo resultou em um diagnóstico nutricional dos estudantes. Apesar de a maioria dos alunos – cerca de 55,5% – estar com o peso considerado adequado, o índice de crianças com problemas de obesidade é um alerta para pais e educadores. No outro extremo, um total de 1,1% apresentou magreza e magreza acentuada.

O diagnóstico ainda apontou a existência de 49 alunos com doença celíaca, 103 com intolerância à lactose, 13 portadores de diabetes, 2 com fenilcetonúria (doença rara na qual o corpo não consegue metabolizar aminoácido) e 2 alunos veganos e vegetarianos. A condição de alguns estudantes foi diagnosticada por meio de laudos médicos. As crianças em condições nutricionais especiais são atendidas com cardápio próprio elaborado por nutricionistas.

Nutricionista da Divisão de Alimentação Escolar, Natalia Matias diz que o objetivo do estudo foi fazer o diagnóstico nutricional e identificar casos de excesso de peso. Na avaliação dela, o índice de sobrepeso e obesidade apresentado pelos estudantes é preocupante. “Infelizmente, a obesidade infantil é uma realidade mundial”, confirma.

Natalia explica que as escolas já seguem o cardápio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A oferta de açúcar, por exemplo, é feita no máximo uma vez ao mês. Alimentos ultraprocessados também não fazem parte da merenda. São priorizadas frutas e verduras provenientes principalmente da agricultura familiar.

A partir dos resultados, a Secretaria de Educação pretende reforçar as atividades de educação alimentar e nutricional para conscientizar as crianças a fazerem melhores escolhas de alimentos não somente na escola, mas também em casa. Também será implantada uma apostila de educação nutricional nas 5.ª séries, associada às disciplinas de português, matemática e ciências.

Esse foi o levantamento mais completo sobre a condição nutricional dos estudantes das escolas já realizado pelo município. No estudo anterior, feito em 2020, apenas três mil alunos foram avaliados porque o trabalho precisou ser suspenso em razão da pandemia. Neste ano, foram entrevistados 81,1% dos estudantes de todas as escolas.

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