Antigo Mitre: Colégio da Polícia Militar retira parte de obra na entrada

Prédio tem pedido de tombamento como patrimônio cultural em andamento; entrada segue com modificações para acessibilidade.

Prédio tem pedido de tombamento como patrimônio cultural em andamento; entrada segue com modificações para acessibilidade.

A direção do Colégio da Polícia Militar de Foz do Iguaçu (5º CPM) retirou parte da obra que está sendo feita na frente da fachada da instituição, voltada para a Praça das Nações. A intervenção recebeu críticas por alterar o prédio histórico em que funcionou o Colégio Bartolomeu Mitre.

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A obra, segundo o CPM, é para acessibilidade de quem utiliza a escola pela praça. A entrada e a saída de alunos ocorrem pelo portão lateral, na Rua Marechal Floriano Peixoto. Com a rampa, duas muretas laterais, as guarda-corpos, haviam sido erguidas – foram elas a parte da construção retirada.

As duas muretas laterais em alvenaria foram retiradas – Foto: Carlos Sossa

Ao H2FOZ, o subcomandante do Colégio da PM, capitão Eliseu Gonçalves, afirmou que o guarda-corpo seria feito em alvenaria, mas será substituído por outro. “Teve um empresário da cidade que ofereceu patrocínio de um guarda-corpo de melhor qualidade”, disse.

Ainda sem conclusão, tramita desde 2019 pedido de tombamento e proteção do antigo Mitre, com base na legislação municipal do patrimônio cultural, a Lei Municipal nº 4.470. Nessa situação, o bem não pode sofrer alteração até a finalização da solicitação.

A entrada e a saída de alunos são pelo acesso lateral do colégio – Foto: Reprodução

Quando foi informada da obra, a Comissão de Preservação e Fiscalização do Patrimônio Cultural do CEPAC pediu providências à Fundação Cultural, responsável pela política de patrimônio. Na denúncia, a comissão frisa que há “descaracterização acelerada do antigo Colégio Estadual Bartolomeu Mitre”.

Integrante da comissão, José Luis Pereira não vê justificativa para as modificações. “A entrada, com acessibilidade, sempre foi pela avenida lateral, e não pela Praça das Nações”, apontou. “Como conselheiro do patrimônio cultural, vou continuar defendendo a suspensão dessas obras”, ressaltou.

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