A marcha em Foz do Iguaçu em alusão ao Dia Internacional da Mulher, sexta-feira, 8, levou às ruas pedido de paz na Palestina e o fim da violência de gênero. As desigualdades, como os salários mais baixos em relação aos dos homens, foram questionadas.
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A Marcha das Mulheres seguiu do Bosque Guarani por ruas e avenidas centrais, até a Praça da Paz. Durante a mobilização, lideranças fizeram falas, e cartazes e faixas foram expostos com a pauta, culminando com ato político e apresentações culturais.
A violência foi um tema central. Em 2023, foram 6.887 registros criminais em que as vítimas são mulheres, e 14 ataques que culminaram em sete feminicídios – essas vítimas foram homenageadas durante o protesto.
Anualmente, a Marcha das Mulheres iguaçuenses é o espaço de protagonismo da mulher como agente das transformações cobradas junto à sociedade. Neste 8 de março, foram 30 organizações e coletivos compartilhando a organização.
“Não nos submetemos ao machismo e ao patriarcado, promotores de desigualdades, violência e morte de mulheres”, frisou Madalena Ames. A professora, uma das organizadoras da mobilização, fez um balanço da importância da marcha ocorrer a cada ano.
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Vítimas de feminicídio
Fotos de vítimas de feminicídio foram expostas, como denúncia à violência de gênero. Na Praça da Paz, foram colocadas sete cruzes e acessas velas em homenagem às sete mulheres que tiveram as vidas interrompidas pelo simples fatos de serem mulheres, no ano passado, em Foz do Iguaçu.
Paz na Palestina
As participantes da marcha consideraram como “massacre de mulheres e crianças na Palestina, com com pedido de cessar-fogo e garantia de assistência humanitária integral, com alimentos, água e assistência em saúde. Presentes à passeata, mulheres libanesas reforçaram o pedido de criação de um Estado palestino soberano.
A palestina Jana Chehab, filha de libaneses, realçou a importância do ato. “A marcha não apenas denúncia a violência contra a mulher e a desigualdade nos espaços de poder. Também exige o cessar-fogo na Palestina, pois é inadmissível que mulheres e crianças sigam sendo assassinadas e as autoridades não barrem o governo de Israel de seguir matando”, cobrou.
(Com informações da Marcha das Mulheres)
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