Guardiãs da Memória realiza encontro emocionante de mulheres pioneiras

Projeto nasceu da falta de nomes femininos na história de Foz do Iguaçu e da necessidade de incluí-los

Guardiãs da Memória, projeto encabeçado pela cientista social Tathiana Guimarães, teve o primeiro encontro presencial no Zeppelin Old Bar. Durante o evento, mulheres pioneiras contaram as próprias histórias e as entrelaçaram.

Com a participação de nomes conhecidos na educação, empreendedorismo e políticas públicas, as mulheres e os ouvintes puderam tecer os retalhos da história. Relatos de pessoas que iam à igreja guiando-se por lâmpadas de querosene, até a certificação da horta do Seu Zé e da Dona Laíde como quilombo, pela Fundação Cultural Palmares, foram alguns destaques. Fundir as histórias era a intenção de Tathiana.

“Queríamos mostrar a magnitude de mulheres protagonistas que ainda estão ocultas”, explica. Trazer as histórias à tona de forma dialética foi a ferramenta escolhida para tocar o projeto. Dessa forma, são contados os feitos das mulheres pioneiras, ao mesmo tempo em que se acrescentam as exposições das filhas, netas e bisnetas.

Foto: Marcos Labanca

Um ponto interessante ressaltado pela cientista social é que os homens contribuíram para o projeto. “Eles também têm referências femininas importantes para o desenvolvimento moral, afetivo e educacional. O problema é que chega a um patamar da sociedade que a mulher é deixada de lado”, realça.

No final da roda de conversa, Tathiana já havia sinalizado: “Vamos precisar de mais um encontro.” Em entrevista ao H2FOZ, ela informou que o projeto tem muito a ser expandido. O apoio do edital da Fundação Cultural permitiu que a pesquisa começasse. Agora, o objetivo é fazer crescer e chegar até as escolas. Novas edições, materiais audiovisuais e boletins informativos já estão no papel.

Foto: Marcos Labanca

Além dos editais, a organizadora criou uma captação independente de recursos por meio do PIX. Qualquer contribuição é bem-vinda:  54.458.226/0001-60.

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