O desafio de diversificar e integrar os setores da economia de Foz do Iguaçu é o foco da Câmara Técnica (CT) de Desenvolvimento Econômico do Codefoz. Em reunião mensal, nesta semana, presencial e on-line, foram definidas ações.
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A CT avançou na análise do diagnóstico da economia, a fim de nortear a atualização do Plano de Desenvolvimento Econômico (PDE), o principal objetivo da câmara. Essa discussão deverá envolver toda a sociedade, com proposta para essa finalidade a ser detalhada e levada à plenária do conselho.
O economista José Borges Bomfim Filho, consultor do Codefoz, elaborou e expôs estudo da evolução, crescimento e importância dos setores de bens e serviços. O levantamento foi baseado na “economia real, a partir do conceito de valor adicionado fiscal” do setor privado, enfatizou.
É tarefa fazer com que os setores indutores da economia atuem de forma integrada, reforçando a sua interdependência, foi o resultado na avaliação. Na relação entre turismo e logística, turismo e comércio, um setor fomenta o outro, foi o exemplo usado.
“Nosso desafio é a diversificação da economia, e a palavra-chave é a integração entre as atividades, com foco naquelas que são indutoras”, refletiu Borges. “Nosso horizonte é construir um plano que seja o norte para políticas públicas de desenvolvimento e indicadores de monitoramento”, explicou.
Debate público
Relator da CT de Desenvolvimento Econômico e consultor do Sebrae, Alessandro Coelho realçou a importância do trabalho lançado pelo Codefoz para ouvir e envolver a comunidade. A escuta e a pactuação são necessárias para que o PDE seja o mais efetivo e eficaz possível.
“Quais são as estratégias, os setores indutores, os projetos e os elos entre as cadeias produtivas? Não temos como definir sem discutir com a sociedade”, ponderou. E elencou setores emergentes que precisam ser observados, da economia criativa à inovação.
Reforma tributária
Ao contribuir com o debate, o presidente do Codefoz, Fernando Castro Alves, assinalou que a construção proposta deve ainda atentar-se a eventuais ameaças. Exemplificou com o efeito da reforma tributária, em que o imposto será recolhido no destino, podendo impactar a cidade no contexto da arrecadação proveniente da Itaipu Binacional.
E ressaltou que todo o trabalho em torno do PDE deve envolver uma comunicação forte entre os distintos atores sociais e econômicos, poder público, sociedade e universidades. “Temos que ter bastante energia na nossa comunicação, buscando a integração com todos os setores com o intuito de somar”, disse.
(Com informações do Codefoz)
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