Foz do Iguaçu, eleições e mudanças climáticas

A adaptação da cidade para eventos cada vez mais extremos fará parte dos planos dos prefeituráveis?

Foz do Iguaçu, 5 de maio de 2024.

Para a maior parte de nós, a ficha já caiu: vivemos em uma época de instabilidade climática, acelerada pela ação humana. Eventos extremos estão cada vez mais comuns, o que exige, no mínimo, adaptações.

Distante do mar, a região de Foz do Iguaçu está exposta a fenômenos como secas prolongadas, ondas de calor, vendavais, chuvas em volumes acima da média, queda de granizo e ocorrência anormal de raios.

Em dias de calorão, a arborização insuficiente e as constantes quedas de energia e/ou falta de água já são problemas que afetam os moradores. Os temporais, por sua vez, deixam estragos diversos, em várias regiões da cidade.

Antes de continuar, é importante frisar que a cidade tem profissionais experientes e capacitados para lidar com emergências, em órgãos como o Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Itaipu Binacional, Copel, Sanepar, serviços de saúde e de assistência social.

Mas como só o material humano não basta, cabe perguntar: que tipo de estrutura está sendo preparada para que a Terra das Cataratas seja capaz de lidar com o “novo normal” do clima?

A questão é ampla e passa também por saúde pública (vide a atual epidemia de dengue), políticas de habitação, urbanismo responsável, segurança alimentar e uma série de outros aspectos.

A hora de sacudir a poeira e deixar o assunto visível é agora, já que, em outubro, iremos às urnas para eleger prefeito, vice-prefeito e 15 vereadores.

Quais serão os planos dos futuros candidatos para preparar a cidade? Haverá algum tipo de prioridade para discutir o assunto durante a campanha? E, mais importante: os vencedores transformarão as propostas em prática?

Ao longo do ano, o H2FOZ manterá viva essa discussão, em reportagens do dia a dia, matérias especiais e artigos de opinião.

Em tempo: moradores e entidades de Foz do Iguaçu estão arrecadando donativos para auxiliar as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.

Locais como a Rodoviária, o Aeroporto Internacional e a sede do Sindhotéis (Jardim Central) são alguns dos pontos para doar itens de higiene, materiais de limpeza, roupas, cobertores e alimentos não perecíveis. Se estiver ao seu alcance, colabore.

Boa semana para você!

Nascido durante a enchente de 1983, Guilherme Wojciechowski é repórter do H2FOZ.

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