No Dia dos Pais, um dedo de prosa sobre paternidade

Dados publicados pelo H2FOZ mostram que aumentou o número de crianças sem o nome do pai na certidão de nascimento em Foz.

Foz do Iguaçu, 11 de agosto de 2024.

O segundo domingo de agosto é, conforme a tradição consolidada nas últimas décadas, Dia dos Pais no lado brasileiro da fronteira. A celebração costuma ser marcada por almoços, reuniões festivas e outras atividades associadas à ocasião.

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A data é, também, momento de saudade e de reflexão sobre quem já não está fisicamente conosco, mas que permanece presente nos aprendizados e nas lembranças.

Antes de mais nada, o H2FOZ parabeniza todos aqueles que, por biologia ou por opção, têm alguém para chamar de filho. A paternidade é, para a maioria dos que a vivencia, um divisor de águas no necessário processo de amadurecimento.

Dito isso, vamos aos fatos. No sábado (10), o portal publicou que 334 crianças nascidas em Foz do Iguaçu foram registradas sem o nome do pai em 2023, crescimento de 6% na comparação com o ano anterior.

Também em 2023, não houve nenhum pedido de reconhecimento de paternidade na cidade, conforme dados da Central de Informações do Registro Civil (CRC).

Como é de conhecimento geral, só registrar o nome não basta, sendo fundamental participar de forma ativa e ser corresponsável pela criação. Mas se nem isso é feito, nas situações em que o homem sabe que aquela criança é sua, o que esperar?

É claro que cada caso é um caso. No geral, contudo, há poucos obstáculos realmente intransponíveis para que um pai, com a devida compreensão de sua importância (presente ou futura) para a vida de outra pessoa, exerça o papel de pai.

Para fechar a edição da semana da Carta ao Leitor, abro parênteses para um relato pessoal: durante muitos anos, tive sérias dúvidas sobre a conveniência de colocar filho no mundo e sobre se teria capacidade de ser pai.

Hoje, com três filhos, considero a paternidade a experiência mais transformadora (e recompensadoramente difícil) que já vivi, com os muitos momentos de frustração (spoiler: não existe mar de rosas) sendo amplamente superados pelos instantes de alegria.

A paternidade, vale lembrar, é uma obra construída no dia a dia, tijolo por tijolo. Assim sendo, nunca será tarde para (re)começar.

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Guilherme Wojciechowski é colaborador do H2FOZ e responsável pela seção de Carta ao Leitor.

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