Silva e Luna tem duas baixas antes dos 100 dias de governo

Leitura política adequada da dimensão da crise poderia reduzir o estrago à metade.


Silva e Luna (PL) contabiliza duas baixas no primeiro escalão, antes dos primeiros cem dias de governo. O período, pelos manuais tradicionais da política, é considerado tempo de calmaria para todo gestor entrante.

Não tem sido assim nos corredores e escadarias que levam ao gabinete do prefeito no Palácio das Cataratas. As portas foram abertas para a saída de Sergio Caimi e Noemi Giehl, que, oficialmente, pediram exoneração das secretarias de Meio Ambiente e da Mulher.

Ambos foram dragados para uma crise após a repercussão de um boletim de ocorrência envolvendo violência doméstica.

Faltou leitura política?

O agente relacionado diretamente à denúncia é Caimi, que nega a veracidade do documento que o cita, e diz que vai à Justiça a fim de responsabilizar culpados. A ver os desdobramentos.

Noemi pagou a conta porque, à frente de uma pasta que deve proteger as mulheres, contemporizou, não pôs o dedo na ferida. Assim, a nota pública que assinou, de tão vexatória, foi apagada depois dos canais oficiais da prefeitura.

Notas de governos em momentos de crises, pois, passam por muitas mãos e sondagens. Além disso, são – ou deveriam de ser – bem digeridas e avaliadas antes de serem entregues ao distinto público, isto é, ao cidadão.

Se a leitura política dos contratados para pensar e encontrar soluções para o prefeito conseguisse dimensionar adequadamente o caso, o estrago poderia ser reduzido à metade. Perder-se-iam os anéis, ficariam os dedos, e a crise permaneceria circunscrita a Caimi.

E agora?

Vozes do governo propunham, na montagem do secretariado, a extinção da Secretaria do Meio Ambiente. Seria um retrocesso por muitas razões. As econômicas, porque Foz do Iguaçu se vende para o Brasil e o mundo como uma cidade de natureza e sustentável, revestida pelo marketing.

Eis que surge no caminho Sergio Caimi, ex-candidato a prefeito, aposentado pela Sanepar, companhia que lida com temas ambientais, além de sopro de bom senso, o que removeu a ideia da extinção. Assim, se evitou o desgaste para Silva e Luna ainda antes da obtenção da faixa de mandatário.

Noemi Giehl é agente orgânica da direita de Foz do Iguaçu, orinda da seção de mulheres do PL, partido do prefeito. A secretaria que ocupou foi criada para abrigá-la, como resposta a uma parte da base política de Silva e Luna. Todavia, resta a dúvida se ela será aproveitada em outra área da administração, ainda que como prêmio de consolação.

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