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Em tempos de estresse da vida moderna, encontrar a paz virou missão complicada, senão tarefa quase impossível. Mas um lugar de fácil acesso, ao menos, continua livre de todos estes infortuitos. Forjado pela natureza e em seu estado puro, ele está ao longo de 1,2 mil metros, na chamada Trilha das Cataratas, em Foz do Iguaçu.
Construída para levar os visitantes até a margem direita do Rio Iguaçu, a trilha abre caminho para o majestoso espetáculo das águas das Cataratas e o ecossistema intacto do Parque Nacional do Iguaçu. A recepção neste paraíso fica por conta dos quatis, desinibidos bichinhos que sabem bem as artimanhas para demover os visitantes da recomendação de não alimentá-los.
Dos mais velhos aos filhotes, quase todos parecem dóceis e circulam com surpreendente desenvoltura, tomando a iniciativa de abrir sacolas e bolsas em busca de comida ou descansando imóveis no cimento gelado, atrás de uma sombra refrescante que os proteja do sol escaldante. Por isso, viram celebridade e acabam como estrelas nas fotografias.
Já nos pontos descobertos pela mata, o sol forte enche a trilha de lagartos de todas as cores e tamanhos. Eles correm de um lado a outro para fugir dos passos dos turistas. Quem também aproveita os dias quentes para aparecer são as coloridas borboletas panapanás, que aos montes brincam e pintam a paisagem.
Outra surpresa reservada pela trilha é a vegetação, que em alguns pontos cobre as passarelas e forma um corredor verde no qual a luz do sol tem dificuldades para penetrar. Na caminhada é comum encontrar orquídeas e bromélias, bem como espécies como a figueira-brava e a palmeira-juçara, ameaçada de extinção pelo corte indiscriminado do palmito.
Mas, em meio ao verde, quem começa o mais famoso show da região são as águas do Iguaçu. Aos poucos aparecem as primeiras quedas. No início são estreitos fios de água que escorrem pelo basalto, porém, logo os saltos ganham corpo, formam piscinas naturais nas altíssimas encostas das escarpas e passam a encantar a cada novo passo dentro da trilha.
Quem não carrega filmes ou cartões fotográficos de sobra corre o risco de se empolgar no início e ficar sem fotos do fim do passeio. Por isso, cuidado, programe-se, porque a vista seguinte costuma ser sempre melhor do que a anterior.
Quando já é impossível não avistar água entre o verde das árvores, chega o momento de as Cataratas esbanjarem sublimidade. Uma passarela parte da encosta do cânion em direção a uma ilhota de onde se tem a melhor vista da Garganta do Diabo, o maior de todos os saltos, um turbilhão de águas em forma de ferradura.
Localizado no canto da boca da ferradura, o mirante leva os visitantes a um platô colocado entre os saltos Floriano e Santa Maria. Uma dádiva da natureza, a paisagem parece estimular os turistas a buscar a sorte lançando moedas no rio. Mas o privilégio de estar tão somente diante das Cataratas já satisfaz plenamente gente do mundo inteiro. Em dias de sol, os arco-íris parecem se multiplicar.
Ali, o planeta parece se resumir a uma mistura de água abundante, vegetação preservada e rochas milenares. Para onde quer que se olhe, os olhos nada mais alcançam. E quem abre os braços de olhos fechados descobre a paz interior em meio à natureza intacta e à sinfonia das águas.
Além da orquestra do rio, os saltos ainda brindam os turistas com um banho de gotículas que ganham o ar com o impacto da água contra as rochas.
De volta à margem direita do Iguaçu, o trecho final até o alto do rio pode ser feito de duas maneiras diferentes. Primeiro, por uma escadaria íngreme ou, então, pela mais nova atração das cataratas brasileiras, o elevador panorâmico reconstruído rente ao salto Floriano.
O elevador transporta os visitantes da base ao topo da queda, uma ascensão de 27 metros. Com os vidros cercados pela vegetação nativa e tomados no lado de fora por pequenos insetos e aranhas, a sensação é de levitar no sentido inverso das águas. No alto, um deck avançado sobre o rio, na saída dos elevadores, oferece mais um lugar para se fazer boas fotos das Cataratas.
Com o elevador, reinaugurado em 2004, quem ganha também são os portadores de necessidades especiais, que tiveram facilitado o acesso à passarela brasileira da Garganta do Diabo.
Fim do caminho, encerrado o roteiro, o sorriso e encanto expressos no rosto dos visitantes denunciam a contagiante calmaria, equilíbrio e tranqüilidade das paisagens da trilha das Cataratas, um ambiente seguramente de paz.
Serviço
Cataratas do Iguaçu
Horário de Funcionamento: de segunda a domingo, das 9 às 17 horas. No verão, das 9 às 18 horas.
Informações e reservas: (0xx45) 3521-4400
Site: www.cataratasdoiguacu.com.br
E-mail: cataratas@cataratasdoiguacu.com.br
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