Puerto Bertoni

Oficialmente chamado de Monumento Científico Moisés Santiago Bertoni, a localidade de Puerto Bertoni, com a casa na selva onde viveu o cientista suíço e sua família, entre o final do século XIX e o início do século XX, é um incrível retorno a um tempo em que o vale do rio Paraná era um dos locais mais remotos do continente sul-americano.

* Guilherme Wojciechowski, especial para H2FOZ

Oficialmente chamado de Monumento Científico Moisés Santiago Bertoni, a localidade de Puerto Bertoni, com a casa na selva onde viveu o cientista suíço e sua família, entre o final do século XIX e o início do século XX, é um incrível retorno a um tempo em que o vale do rio Paraná era um dos locais mais remotos do continente sul-americano.

Interessado, simultaneamente, em vários campos do conhecimento, Bertoni desenvolveu trabalhos em áreas como botânica (na qual catalogou a Stévia, planta adocicada batizada em homenagem à sua esposa), zoologia, agricultura, história e etnografia, relacionando-se com os indígenas Mbyá e Avá Guaranis residentes nas proximidades e protegendo área de 199 hectares que forma, hoje, um dos últimos remanescentes da mata que cobriu todo o leste do Paraguai até três décadas atrás.

A visita ao Monumento, localizado ao sul de Ciudad del Este, no município de Presidente Franco, inclui, além da casa de madeira recentemente restaurada, trilha de acesso ao cemitério da família Bertoni, caminhos pela mata onde o “Sábio” (como era conhecido pelos moradores locais) fazia seus experimentos botânicos e descida até a margem do rio Paraná, que forma uma espécie de praia na barranca em frente à casa.

Quem foi Moisés Bertoni?
Um dos homens mais notáveis de seu tempo, Mosè Giacomo Bertoni nasceu na cidade suíça de Lottigna, em 1857, e faleceu em Foz do Iguaçu, em 1929, após período de convalescença. Chegou à América em 1884, acompanhado pela mãe, esposa e quatro filhos, para estabelecer-se na Argentina. Em 1891, fundou o que chamou de Colonia Guillermo Tell, hoje, Puerto Bertoni, na margem paraguaia do rio Paraná. Aceitou o cargo de diretor de Agricultura do Governo do Paraguai, em 1914, e elaborou o “Calendário Perpétuo de Chuvas”, utilizado até poucos anos atrás pelos agricultores do país, mas tornado ineficaz pelo desmatamento e pelas recentes mudanças climáticas.

Horário de funcionamento:
De terça a domingo, das 09h às 17h (hora paraguaia).

Tarifa em outubro/2016:
US$ 4,00 por pessoa.

Página no Facebook:
https://www.facebook.com/MonumentoBertoni/

Vídeo:

Como chegar?
Por terra (anteriormente, passeios de barco partindo de Foz do Iguaçu levavam até Puerto Bertoni), pegue a estrada que vai de Presidente Franco a Los Cedrales, ao sul. Na sequência, seguindo a sinalização indicativa das placas, vire à esquerda em uma via de terra com cerca de 12 quilômetros de extensão, até encontrar a entrada do parque.

Localização no mapa:

Para conferir a avaliação do atrativo no portal Trip Advisor, clique aqui.

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