O atual presidente da Argentina, Alberto Fernández, não será candidato à reeleição em outubro. Em vídeo divulgado nas redes sociais, nessa sexta-feira (21), o titular da Casa Rosada disse que “no dia 10 de dezembro [data marcada para a posse] entregarei a faixa presidencial a quem tiver sido eleito legitimamente nas urnas pelo voto popular”.
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“Desde que comecei a militar na política, nos anos 1970, nunca antepus uma ambição pessoal à necessidade do conjunto”, afirmou Fernández, que acumula altos índices de impopularidade. “Trabalharei fervorosamente para que [o sucessor ou sucessora] seja um companheiro ou companheira de nosso espaço político.”
Apesar de esperada, a decisão de Fernández aumenta a indefinição sobre quem será o candidato governista no pleito, cujas primárias partidárias estão marcadas para agosto. Anteriormente, a vice-presidente Cristina Kirchner, envolvida em problemas com a Justiça, também já tinha desistido de concorrer a um novo mandato.
Sergio Massa, ministro da Economia, é um dos nomes mais cotados, embora a dificuldade do governo em conter a inflação tenha reduzido sua projeção como presidenciável. Daniel Scioli, embaixador argentino no Brasil e candidato peronista nas eleições de 2015 (derrotado por Mauricio Macri), é outra possibilidade.
Na oposição, Mauricio Macri, presidente entre 2015 e 2019, também declinou da candidatura, abrindo espaço para o prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, e para a ex-ministra do Interior, Patricia Bullrich, como pré-candidatos do movimento Juntos pela Mudança.
Outro nome que desponta no cenário argentino é o do deputado Javier Milei, ligado a movimentos da extrema-direita. Com discurso antissistema, Milei aparece bem posicionado nas pesquisas de intenção de voto, embora seu real potencial eleitoral ainda seja alvo de ceticismo entre os analistas políticos.
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