![Província fronteiriça de Misiones, onde fica Puerto Iguazú, costuma ser uma das mais quentes da Argentina.](https://www.h2foz.com.br/wp-content/uploads/2025/02/110225consumo-750x430.jpg)
A Argentina bateu, na tarde dessa segunda-feira (10), às 15h, seu recorde de consumo de energia elétrica.
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Pela primeira vez na história, a demanda simultânea ultrapassou 30 mil megawatts (MW) no Sistema Argentino de Interconexão (Sadi).
A título de comparação, tal volume é maior que a capacidade de produção de duas usinas como Itaipu, com potência instalada de 14 mil MW.
Anteriormente, a maior marca nacional era de 1.º de fevereiro de 2024, com 29.653 MW. Tal registro já poderia ter sido superado na semana passada, na quarta-feira (5), mas um apagão na região de Córdoba, provocado pelo calor, “ajudou” a baixar o consumo.
Nos últimos dias, uma onda de temperaturas acima da média está atingindo a Argentina. Os termômetros têm marcado até 39,3°C em áreas próximas à fronteira com o Rio Grande do Sul, que também sofre com o calor.
Por conta disso, o uso de aparelhos de climatização disparou em território argentino, levando a picos de consumo de energia no meio da tarde.
A capital, Buenos Aires, por exemplo, registrou sensação térmica superior a 37°C em várias ocasiões desde a segunda quinzena de janeiro. Cidades populosas como Córdoba e Rosario também estão no epicentro do calorão, sobrecarregando as redes de energia.
Na semana passada, o H2FOZ noticiou que a província fronteiriça de Misiones bateu, na quarta-feira (5), seu recorde de consumo simultâneo de energia, 642,6 MW. A depender do calor, tal marca poderá ser superada nos próximos dias.
Tempestade na Argentina
Por outro lado, na madrugada desta terça-feira (11), uma tempestade atingiu a capital argentina e sua populosa região metropolitana.
Rajadas de até cem quilômetros por hora atingiram vários municípios do entorno de Buenos Aires, provocando destelhamentos e quedas de árvores.
Os dados ainda são preliminares, mas pelo menos três escolas públicas tiveram o telhado arrancado pelos ventos. Na sequência, uma forte chuva provocou alagamentos nas áreas mais baixas.