Brasil encerra atendimento migratório em posto na fronteira com a Argentina

Na maior parte do ano, ponte fronteiriça entre Paraíso (SC) e San Pedro (Argentina) fica aberta apenas para os moradores locais.

A Polícia Federal (PF) do Brasil encerrou, na noite dessa sexta-feira (14), o atendimento migratório na fronteira entre Paraíso (SC) e San Pedro (Argentina). Na Argentina, o local é conhecido como Paso Rosales.

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O posto de controle brasileiro, localizado na BR-282, na saída da ponte internacional sobre o Rio Peperi-Guaçu, costuma abrir apenas na temporada de verão.


No restante do ano, somente moradores locais utilizam a via, que tem fiscalização permanente na cabeceira argentina, mas sazonal do lado brasileiro. A próxima reabertura deverá ocorrer, provavelmente, em janeiro de 2026.

Assim, até lá, quem precisar registrar a entrada ou a saída do Brasil deverá procurar outro local para a travessia. Entre as opções, destaque para a fronteira entre Dionísio Cerqueira (SC) e Bernardo de Irigoyen (Argentina).

De acordo com o jornal El Territorio, da província de Misiones, cerca de 95 mil turistas argentinos utilizaram o Paso Rosales durante o período de férias de verão. Os viajantes tinham como destino, principalmente, as praias do litoral catarinense.

Conforme o El Territorio, em 2025, houve crescimento na comparação com o movimento de 2024, quando pouco mais de 70 mil pessoas utilizaram a passagem.

Argentina quer funcionamento permanente

Para a cidade argentina de San Pedro, que tem pouco mais de 20 mil habitantes, a utilização da ponte por turistas traz ganhos econômicos.

A hotelaria local, por exemplo, registra picos de até 100% de ocupação nas semanas de maior procura. Setores como gastronomia, comércio e postos de combustíveis também costumam ter ampliação no faturamento.

Autoridades locais de San Pedro trabalham para intermediar, junto ao governo do Brasil, o funcionamento permanente da fiscalização da PF na fronteira com a Argentina.

A corporação brasileira argumenta, contudo, que a pouca demanda nos demais períodos não justificaria a manutenção do posto de controle nos 365 dias do ano.

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