Calor provoca recorde de consumo de energia no lado argentino

Província fronteiriça de Misiones, onde fica a cidade de Puerto Iguazú, registrou sua maior marca histórica de demanda de eletricidade.

Na tarde de quarta-feira (5), às 15h, a província argentina de Misiones registrou sua maior marca histórica de consumo de energia elétrica.

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De acordo com o jornal El Territorio, a utilização simultânea chegou a 642,6 megawatts (MW). A alta no consumo está relacionada à onda de calor que atinge partes da Argentina, Uruguai, Paraguai e estados do Sul do Brasil.

No detalhamento por cidades, a fronteiriça Puerto Iguazú teve a quarta maior demanda na tarde de quarta: 41MW. À frente, ficaram a capital Posadas (257,7MW), Oberá (51MW) e Eldorado (45MW).

Felizmente, apesar do alto consumo, não houve reporte de apagões generalizados, somente de situações pontuais. Em outras províncias da Argentina, contudo, o sistema não deu conta do aumento da carga simultânea de energia, sofrendo blecautes, como em Córdoba.

Dados das estações meteorológicas, compilados pelo portal Misiones Online, indicam que San Javier, na fronteira com Porto Xavier (RS), teve a temperatura mais alta da quarta-feira na província: 39,3°C.

Em Puerto Iguazú, conforme o Misiones Online, os termômetros marcaram 36.3°C (centro) e 33.6°C (aeroporto) durante a tarde. Na capital, Posadas, o calor foi de 38.6°C, com sensação térmica superior a 42°C.

Calor no verão da Argentina

Misiones é uma das províncias mais quentes da Argentina, tendo em vista sua localização ao norte e seu relevo com baixa altitude. Os verões costumam ter características similares às dos territórios vizinhos no Paraguai e no Oeste do Paraná.

A área do Nordeste da Argentina, que inclui Misiones, Corrientes e outras províncias, sofre forte influência das massas de ar quente vindas do centro do continente.

Outro fator que aumenta a sensação de calor na região é a umidade. Quanto maior a umidade, maior a dificuldade para resfriar o corpo por meio do suor.

Nos dias mais quentes, o uso de aparelhos de climatização dispara, levando a picos de consumo de energia, principalmente entre as 14h e as 17h. Sistemas elétricos da Argentina, Paraguai, Brasil e Uruguai têm buscado adaptar-se a essa realidade.

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