Argentina apreende celulares e eletrônicos em Puerto Iguazú

Procedimento em Puerto Iguazú foi coordenado pela Polícia Federal Argentina (PFA); mercadorias entraram ilegalmente do Paraguai.

Agentes da Polícia Federal Argentina (PFA) apreenderam, em Puerto Iguazú, um grande carregamento com mercadorias trazidas ilegalmente do Paraguai.

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De acordo com a PFA, o procedimento ocorreu na tarde de quinta-feira (20), quando policiais da Unidade Operacional de Puerto Iguazú observaram um veículo suspeito.

O utilitário, procedente do Paraguai, trazia diversos volumes com mercadorias. Indagado sobre a procedência legal, o condutor não conseguiu comprová-la.

“Entre os produtos apreendidos, estavam artigos do ramo eletrônico, telefones celulares, acessórios, perfumaria, garrafas térmicas e outros produtos de uso cotidiano”, descreve a PFA em Puerto Iguazú.

Conforme a PFA, os produtos, que somaram mais de 1,3 mil artigos, estão avaliados em P$ 72,5 milhões (cerca de R$ 365 mil na cotação praticada na fronteira).

O condutor responderá pelo crime de contrabando. O caso foi encaminhado à Justiça Federal na cidade de Eldorado, cuja jurisdição engloba o Norte da província de MIsiones.

Fiscalização em Puerto Iguazú

Nos últimos meses, a Argentina tem anunciado medidas para intensificar a fiscalização nas fronteiras. Puerto Iguazú está listada entre as áreas prioritárias, por questões relacionadas à segurança e à economia.

A província de Misiones, especificamente, tem recebido o reforço de agentes federais em duas regiões consideradas sensíveis. Além de Puerto Iguazú, a fronteira entre Bernardo de Irigoyen, Dionísio Cerqueira (SC) e Barracão (PR) está no foco das ações.

Em reiteradas declarações à imprensa, a ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, disse crer na presença de organizações terroristas na fronteira com Puerto Iguazú.

O tema é especialmente sensível para a população da capital argentina, pois Buenos Aires foi alvo de dois atentados à bomba contra instituições judaicas na década de 1990.

O mais grave ocorreu em 1994, contra a sede da Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), deixando 85 mortos e cerca de 300 feridos.

Bullrich também citou a atuação de traficantes na fronteira de Puerto Iguazú com o Brasil e o Paraguai. Desde que assumiu o cargo, no final de 2023, a ministra tem adotado discurso de endurecimento no combate ao narcotráfico.

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