Integrante da bancada de oposição na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), a deputada estadual Luciana Rafagnin (PT) está questionando a qualidade da prestação dos serviços de energia elétrica no estado.
Leia também:
Itaipu inaugura edifício do setor de manutenção da usina
De acordo com a assessoria da ALEP, a parlamentar enviou ofício à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), pela segunda vez, solicitando fiscalização rigorosa sobre a Companhia Paranaense de Energia (Copel).
“Desde a privatização da Copel, a qualidade do serviço caiu consideravelmente”, avaliou Luciana Rafagnin, em referência à venda de ações pertencentes ao Governo do Paraná, que deixou de ser o controlador da empresa.
“Nos últimos anos, os paranaenses têm enfrentado interrupções constantes no fornecimento de energia, seguidas de longos períodos de demora para o restabelecimento do serviço”, detalhou a deputada.
Luciana Rafagnin cita relatórios anuais de Desempenho Global de Continuidade (DGC), elaborados pela própria Aneel. Segundo os documentos, entre 2013 e 2023, a Copel caiu da 15.ª para a 25.ª posição entre as 29 distribuidoras avaliadas no país.
Outro ponto citado pela deputada estadual é a existência de uma ação movida pelo Ministério Público do Paraná contra a Copel, pedindo providências quanto às interrupções no abastecimento do município de Curiúva.
Há também, segundo Luciana Rafagnin, diversos relatos de perdas no setor agrícola, atribuídas às falhas no fornecimento de energia, com queixas dos afetados a respeito do ressarcimento adequado.
A Copel afirma que muitos dos problemas de fornecimento são causados por fenômenos climáticos, como vendavais e temporais. A parlamentar acredita, contudo, que haja elementos estruturais envolvidos.
“Embora os fatores climáticos possam impactar o fornecimento de energia elétrica, é evidente que a Copel não tem conseguido diminuir esses impactos, o que prejudica significativamente os consumidores paranaenses”, disse Luciana Rafagnin.
Situação em Foz do Iguaçu
Em Foz do Iguaçu, o período mais crítico é entre os meses de dezembro e março, quando a ocorrência de temperaturas mais altas eleva o consumo de energia na cidade.
É comum, em muitos bairros, que o serviço oscile nas jornadas mais quentes, com microapagões que duram cerca de dez segundos (suficientes para desligar todos os equipamentos da casa) e podem ocorrer várias vezes na mesma noite.
(Com informações da Assembleia Legislativa)