Desestatização da Ferroeste é debatida na Assembleia Legislativa

Deputados estaduais e lideranças do setor produtivo participaram, na manhã desta segunda-feira (19), de reunião em Curitiba.

A Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicação da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) promoveu, na manhã desta segunda-feira (19), em Curitiba, audiência pública para debater o projeto de desestatização da Ferroeste, ferrovia de 248 quilômetros que liga Cascavel a Guarapuava.

Leia também:
Fundo Paraná: projeto que altera regulamentação avança na Assembleia

Se aprovado pelos deputados estaduais, o Projeto de Lei n.º 512/2024 autorizará o Governo do Paraná a “alienar ou transferir, total ou parcialmente, a sociedade, os seus ativos, a participação societária, direta ou indireta […], no capital social da Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A. – Ferroeste”.

Parlamentares da Região Oeste também participaram da reunião. Foto: Orlando Kissner/ALEP
Parlamentares da Região Oeste também participaram da reunião. Foto: Orlando Kissner/ALEP

Além do trecho atual, a Ferroeste já recebeu autorizações para construir e operar outros ramais no Paraná e nos estados de Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, entre Cascavel, Guaíra, Maracaju (MS) e Dourados (MS); Cascavel e Foz do Iguaçu; e Cascavel e Chapecó (SC).

A reunião desta manhã teve a participação de parlamentares e representantes de entidades como a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap) e Associação Comercial do Paraná (ACP).

“O interesse de todos os envolvidos nesse processo é que nós tenhamos uma Ferroeste realmente eficiente, que cumpra com o seu papel como um vetor de desenvolvimento da economia e da produção do Paraná”, afirmou o presidente da Comissão de Obras, deputado Gugu Bueno (PSD), citado pela assessoria da ALEP.

Para os representantes do setor produtivo, como o presidente da Fiep, Edson Vasconcelos, é preciso cautela na discussão, para evitar problemas logísticos futuros. “Nossa expectativa é que a gente consiga colocar ali [no texto do projeto de lei] algumas chaves de segurança que sirvam de condicionantes”, apontou.

Já Sérgio Malucelli, presidente da Federação das Empresas Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar), considerou que é necessário ampliar a discussão sobre o projeto. “O descompasso entre a administração dos trechos [da ferrovia] pode representar uma quebra de efetividade”, avaliou.

Segundo o diretor-presidente da Ferroeste, André Luís Gonçalves, “este é o início de um processo de discussão muito longo. Vejam que, após a aprovação da autorização, nós teremos pelo menos de 12 a 18 meses só para fazer os estudos”.

“Eu acho que isso é fundamental. E nesse tempo vão acontecer audiências públicas, reuniões com os sindicatos, reuniões com as empresas do terminal, reuniões das associações comerciais, ou seja, um diálogo intenso, um debate que possa, sim, trazer a melhor solução”, complementou.

Para ver o conteúdo sobre a reunião, na íntegra, no site da ALEP, clique aqui.

Vc lê o H2 diariamente? Assine o portal e ajude a fortalecer o jornalismo!
LEIA TAMBÉM

Comentários estão fechados.