Neste domingo, 10, a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) realiza vestibular com 11.332 candidatos inscritos. Em disputa estão 1.230 vagas, em 64 cursos, distribuídos pelos campi instalados em cinco cidades da Região Oeste. Em Foz do Iguaçu, os futuros calouros estudarão em 13 graduações, das licenciaturas às engenharias, de ramos do turismo à saúde.
A Unioeste surgiu do desejo e da necessidade da comunidade em ter, nas cidades da região, formação pública, gratuita e de qualidade para ampliar e democratizar o acesso ao ensino superior e a todos os benefícios trazidos pela produção e partilha do conhecimento. A instituição resultou de um pleito coletivo e de mobilização.
Foram muitas frentes de luta até a concretização desse sonho. Aqui na cidade, a jornada remonta à criação da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Foz do Iguaçu, a Facisa, há mais de quatro décadas, e inclui o movimento da sociedade pela federalização, reivindicação para a qual as autoridades em Brasília viraram as costas na década de 1980.
Nessa linha do tempo veio a integração das faculdades isoladas e, em dezembro de 1987, a criação da Fundação Universidade, àquela altura passo inadiável para a efetivação da instituição, que se configurou multicampi. Para a construção e término do campus iguaçuense, mais batalhas. Igualmente, a criação de mais cursos em Foz do Iguaçu sempre foi e continua sendo uma pauta dispendiosa, ou seja, só acontece na pressão.
Hoje, a Unioeste é um dos sustentáculos do desenvolvimento social e econômico do Oeste, não apenas porque oferece formação em mais de 70 áreas, mas também devido à produção de pesquisa, aos projetos de extensão e à manutenção de um hospital regional. A instituição é formadora de mestres e doutores nos mais diferentes ramos do saber.
Em Foz do Iguaçu, quatro em cada cinco calouros da universidade são da própria cidade, mostram os dados a partir da lista de aprovados no vestibular de 2021. O campus mantém formações-chave, como nas licenciaturas de Letras, Pedagogia e Matemática, que qualificam os profissionais da rede básica, que atuam na educação municipal e estadual.
Nas engenharias, os acadêmicos da Unioeste/Foz têm o privilégio de estudar e exercitar os conhecimentos integrados a um grande laboratório chamado Itaipu Binacional. Os cursos de Turismo e Hotelaria vinculam-se a um dos principais elementos econômicos da fronteira trinacional, o turismo, e a graduação de Enfermagem, que qualifica o sistema público de saúde, atua na dianteira das ações contra a covid-19 na cidade.
A Unioeste está consolidada e reconhecida pela sua relevância social. Mas os desafios não param, renovam-se o tempo todo. Que os futuros calouros possam vivenciar plenamente todas as possibilidades que a instituição oferece e consigam dar a sua parcela de contribuição para fazer essa universidade cada vez maior!
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