Argentina recorda 40 anos da redemocratização do país

Em 30 de outubro de 1983, eleitores foram às urnas para a escolha de um presidente civil, após a última ditadura (1976–1983).

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Os argentinos estão recordando, nesta segunda-feira (30), os 40 anos da restauração da democracia no país. Em 30 de outubro de 1983, os cidadãos foram às urnas para a escolha de um presidente civil, após sete anos de uma das ditaduras mais brutais da história da Argentina, com mais de oito mil mortos e até 30 mil desaparecidos.

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Na ocasião, foi eleito Raúl Alfonsín, advogado e dirigente da União Cívica Radical (UCR), com 51,7% dos votos. O partido também conquistou maioria no Legislativo, com 128 cadeiras na Câmara dos Deputados. Alfonsín governou até 1989, quando foi sucedido pelo peronista Carlos Menem (1989–1999).

Desde então, outros oito presidentes receberam o bastão cerimonial do Poder Executivo:
– Fernando de la Rúa (1999–2001);
– Adolfo Rodríguez Saá (2001);
– Eduardo Duhalde (2002–2003);
– Néstor Kirchner (2003–2007);
– Cristina Fernández de Kirchner (2007–2015);
– Mauricio Macri (2015–2019); e
– Alberto Fernández (2019–2023).

No próximo dia 19, os argentinos irão às urnas para o segundo turno das eleições presidenciais, tendo como opções o atual ministro da Economia, Sergio Massa, da coligação governista Unión por la Patria, e o opositor Javier Milei, do pequeno partido La Libertad Avanza, ligado a grupos de direita. Quem vencer assumirá em 10 de dezembro, para mandato até 2027.

O período mais crítico da atual fase democrática argentina ocorreu em 2001, quando a crise econômica resultou em protestos que levaram à queda do presidente Fernando de la Rúa. Na sequência, o país foi comandado pelo interino Adolfo Rodríguez Saá, que permaneceu apenas oito dias no cargo, e por Eduardo Duhalde, que assumiu a Casa Rosada até a eleição de Néstor Kirchner, em maio de 2003.

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